sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Pequenas reflexões sobre a 11º Mostra de Produção Universitária


                           


Na primeira semana de dezembro foi realizada a 11º Mostra de Produção Universitária – MPU, um espaço anual FUNDAMENTAL que a FURG abre para os alunos apresentarem suas pesquisas e projetos de extensão.  Como todo o evento que passa por um crescimento proeminente, seria interessante a promoção de uma série de reflexões por parte de seus organizadores e comunidade acadêmica em geral. Vejamos alguns pontos que deveriam passar pela discussão:

1) Formação da banca avaliadora: problemas graves rondam esse quesito. Exemplo, arqueólogos avaliando trabalhos da área de História, historiadores avaliando trabalhos de Arqueologia. Na MPU de 2011 fui obrigado a avaliar trabalhos envolvendo queimada de árvores, sementes, entre outros, através do uso de fornos com graus diferentes de temperatura. Como ter uma noção mais aproximada, do trabalho de pesquisa dos alunos, quando minha experiência com forno e queimada se limita às pizzas pré-prontas?

2)    Seleção dos alunos em sua área: alguns alunos encontravam-se deslocados em suas salas. Trabalhos mais voltados à biologia na área de História, projetos de pesquisa sendo apresentados ao lado de projetos de extensão, etc.

3)    Essência da Mostra: afinal, a MPU é para exibir importantes trabalhos científicos em andamento ou, pelo contrário, simples trabalhos que discentes apresentaram em alguma disciplina ao longo do curso?

4)    Conscientização: muitos professores devem entender que a MPU é espaço para os alunos, não para os docentes travarem sua eterna luta de egos. Alguns utilizam a MPU para demonstrar todo o seu conhecimento (ou desconhecimento) sobre o assunto apresentado pelo aluno. Enfim, pegam o “microfone” e se esquecem de que ali eles não são os protagonistas.

5)    Essência da Mostra (2): POR QUE PREMIAR UM TRABALHO a cada sessão de apresentação? Por que promover a concorrência entre alunos, quando o mais importante seria gerar um ambiente de efervescência do conhecimento e de experiências entre os discentes ainda em formação? Afinal, não é contra a brutal e desenfreada concorrência, seja ela social ou econômica, que, nós universitários e professores, tanto lutamos? Confesso que me sinto constrangido na hora de anunciar um “vencedor”.