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Nas últimas duas semanas os Estados Unidos esteve fixado à televisão assistindo aos
debates presidenciais, ainda mais influenciados por um possível emparelhamento
na disputa pelos votos. Temendo mais um mandato fora da Casa Branca, a ala mais
conservadora do Partido Republicano passou a injetar mais fôlego (financeiro e
político) no candidato Mitt Romney, uma espécie “bushiana” mais familiar e de
acordo com os padrões de reacionários norte-americanos. É bastante comum
ouvirmos que os dois partidos, o Republicano e o Democrata, são praticamente
iguais, que pouco difere na prática política. Conceito muito simplista e
despido de qualquer senso crítico! O discurso é sensivelmente discordante.
Aproximam-se em alguns pontos, é verdade, mas logo surgem significativas discordâncias.
Discordâncias que podem determinar não só o futuro daquele país, mas de todo as
regiões que ainda permanecem vítimas do imperialismo norte-americano. Certamente
Obama não significa o fim desse exercício predatório, mas Mitt Romney simboliza a
sua retomada, o fortalecimento dessa prática.
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Nem tão iguais assim |
- Já
que o assunto é eleição, olhemos
para a que está acontecendo na vizinha Cidade
de Pelotas. Não dá para deixar de lado a provável (e absurda!) vitória de Eduardo Leite. Ela nos mostra o quanto
ainda somos ingênuos politicamente. O quanto o velho ainda é capaz de enganar
com a máscara alegre e sedutora do “novo”. Porém, esse não será a única razão
da possível continuidade da administração pelotense. O PT de Pelotas (e isso
também serve para Rio Grande) precisa urgentemente construir novas lideranças
políticas, sob o perigo de perder votos populares para outros candidatos “esquerdistas”
que surgem e desaparecem como um meteoro. Por outro lado, as alianças do
Segundo Turno pelotense refletem o estágio da organização das esquerdas no
Brasil: meramente juvenil! É claro quando vemos o egoísmo partidário, burro e
inconsequente, quando assistimos o candidato do PSOL, Jurandir Silva, não apoiar Marroni
nessa reta final. Essa posição “murista” comprova que, em matéria de arranjo
contra o adversário comum, a esquerda brasileira (ou os que se dizem a ela
pertencer) ainda tem muito o que aprender com os partidos mais reacionários. O
PSOL não consegue ver diferença entre Marroni e Eduardo Leite. Precisa
seriamente de uns óculos ou conhecer a recente História Brasileira...
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Queria muito saber até onde vai o direito do cidadão frente aos parquímetros.
Qual a lei que obriga o motorista a TER moedas para pagar o tempo de
estacionamento de seu carro. Obrigar a pagar é uma coisa, TER moedas é outra! Na
hora de estacionar há somente duas opções: ter moedas suficientes para o
pagamento ou, ainda, rezar para que o fiscal esteja no ponto para trocar suas
cédulas. Esqueci a terceira: estacionar e torcer para que o fiscal de sua rua
não exista. Algo comum de acontecer, mas difícil de se ter a certeza dessa
condição.
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Consumo de berço |
- Na
última sexta-feira (dia 26) a Microsoft lançou no mercado o seu novo sistema operacional
batizado de Windows 8. Até aí tudo bem, isso é bastante normal para uma empresa
que busca aperfeiçoar e manter seus compradores, mas o que estranha muito é a
inexplicável necessidade que alguns consumidores sentem frente a esses
lançamentos. Lojas em todo o mundo foram abertas às 24:00 horas, formando filas
intermináveis de consumidores sedentos pelo novo produto. Qual a razão de se
trocar uma noite de sono por um produto que certamente estará lá, ao alcance de
todos, em qualquer loja de informática na manhã seguinte? Qual o sentido de ser
o primeiro, segundo ou terceiro comprador de um produto que daqui a 6 ou 7
anos se tornará ultrapassado nesse mesmo
mercado?
Essa
fanática ânsia que o consumidor do Windows 8 demonstrou nessa última
sexta-feira só é mais um sintoma de como o planeta está profundamente
debilitado.
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